quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Japoneses testarão novo método de limpeza do lixo espacial


 Cientistas japoneses estão se preparando para lançar um teste de 'limpeza espacial', de acordo com informações da imprensa.

     

    Os pesquisadores da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) estão desenvolvendo uma 'corda eletrodinâmica', projetada para gerar eletricidade que deve diminuir a velocidade dos detritos espaciais, de acordo com um relatório da Agence France Presse. O lixo espacial desacelerado deve cair em órbitas cada vez mais baixas, até queimarem na atmosfera sem causar danos na Terra.
Os cientistas estão planejando lançar um satélite no dia 28 de fevereiro, que irá testar uma parte do sistema. "Temos dois objetivos principais para os próximos meses", disse Masahiro Nohmi, professor associado da Universidade de Kagawa que está trabalhando com a JAXA no projeto. "O primeiro objetivo é estender uma 'corda' de 300 metros em órbita, e em segundo lugar, observar a transferência de eletricidade".
         "O experimento é projetado especificamente para contribuir no desenvolvimento de um método na limpeza de detritos espaciais", disse Masahiro.
         Os cientistas não planejam capturar detritos durante essa primeira faze de testes, e explicam que isso poderá ser um objetivo futuro. A AFP relata também que a JAXA poderá lançar um outro 'teste de corda' em 2015.

O perigo do lixo espacial

 No dia 4 de outubro de 1957, a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial chamado Sputnik 1, e desde então, não paramos de enviar sondas, naves espaciais e testes de vários tipos na órbita da Terra.
         Veículos lançadores, satélites inoperantes e várias peças se movimentam rapidamente ao redor da Terra, e são os principais constituintes do lixo espacial, que ameaçam todas as naves espaciais ativas. Em 1996, um satélite francês foi danificado por detritos de um foguete que tinha explodido 10 anos antes. De acordo com a NASA, um teste chinês 'anti-satélite', lançado em 2007, introduziu mais de 3.000 detritos no espaço, contribuindo ainda mais para o volume do lixo espacial.
         Em setembro de 2013, os oficiais da NASA estimaram que há mais de 500 mil detritos do tamanho de uma bola de gude ou maior que orbitam a Terra. Mais de 20.000 pedaços de lixo espacial são maiores do que uma bola de beisebol, mas existem outros milhões que são pequenos demais para acompanhar, informaram os oficiais da NASA.
         Além da ideia atual, os cientistas também planejam outros métodos para a limpeza do espaço. CleanSpace One é uma nave espacial desenvolvida pela empresa Swiss Space Systems, e é projetado para colocar os satélites em um mergulho na atmosfera da Terra. A sonda robótica Phoenix iria reutilizar peças de satélites abandonados e usá-las em novas operações espacias.

topo: 
Réplica do satélite Sputnik 1, que foi lançado em outubro de 1957.

Essa réplica está armazenada no Museu National Air and Space.
Créditos: NASA / NSSDC / Wikimedia Commons
Fonte: Space 
Imagem: NASA's Goddard Space Flight Center / JSC / NASA / NSSDC

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